quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Microchip implantado no paciente pode monitorar câncer

Microchip implantado no paciente pode monitorar câncer:


Pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, Alemanha, têm motivos de sobra para comemorar. Foi concluída recentemente a primeira fase de testes do IntelliTum (Intelligent Implant for Tumoring Monitoring), dispositivo com sensor interno capaz de monitorar tumores dentro do corpo dos pacientes.



IntelliTuM (Foto: Divulgação)IntelliTuM: o futuro do acompanhamento do câncer (Foto: Divulgação)


Uma indicação do estágio e desenvolvimento de um tumor pode ser obtida pelo nível de oxigenação em seu interior. Por isso, o IntelliTum foi projetado para ser implantado próximo às células tumorais e funciona emitindo dados sobre a oxigenação naquela área a um receptor externo, o que permite ao médico acompanhar a evolução da doença frequentemente e intensivamente, sem a necessidade de repetidos exames.



Segundo o diretor de tecnologia do Instituto Heinz-Nixdorf de Eletrônica Médica da Universidade Técnica de Munique, Helmut Grothe, a conquista irá facilitar o tratamento dos tumores que são difíceis de operar, como os cerebrais, além de evitar cirurgias, alto risco para pacientes menos resistentes. Atualmente, os recursos mais utilizados para monitorar tumores são a ressonância magnética e a tomografia computadorizada. Com o implante, o acompanhamento será feito em tempo real e as decisões médicas poderão ser tomadas com um maior grau de certeza e planejamento.



Caixa do IntelliTuM (Foto: Divulgação)Caixa que protege o chip (Foto: Divulgação)


Um grande avanço no campo da ciência médica, o microchip ainda vai passar por várias outras sabatinas. Testado apenas em tecido cultivado em laboratório, a pesquisa ainda precisa ser submetida a outras fases antes de chegar às cobaias humanas. Além disso, será necessário aprimorar a caixa biocompatível, que guarda o dispositivo, para que permaneça intacta dentro do organismo. O tamanho do protótipo, com 2 cm, também deve ser reduzido.



Em 2008, um biochip foi criado por engenheiros da Universidade Purdue, nos Estados Unidos. Contudo, mas com uma função diferente: mostrar o local preciso para emissão de radiação em pacientes sob tratamento radioterápico. No caso do IntelliTuM, a ênfase está mais no controle do que no tratamento em si.



Segundo a ONG World Cancer Research Fund (WCRF), os casos de câncer no mundo já são cerca de 12 milhões por ano.



Via Technology Review


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